terça-feira, 4 de agosto de 2009

Sobre a economia e política da Ucrânia e da Moldávia

Os dois países ficaram independentes da União Soviética em 1991, com o colapso da USSR. Havia uma expectativa de que simplesmente sair do jugo da Rússia levaria estes países para um modelo de desenvolvimento capitalista, e que a vida melhoraria consideravelmente. Porém, são países pobres – especialmente a Moldávia – e com uma democracia muito recente.

Os jovens têm muita educação, mas poucas oportunidades de trabalho. Sonham em obter uma nacionalidade européia, então muitos querem que a Ucrânia e a Moldávia se juntem à União Européia. Mas há uma parte das pessoas que acredita mais na igualdade entre as pessoas promovida pela USSR, e querem voltar a ter políticas russas implementadas por aqui. Esta é a principal tensão política: pró-Rússia ou pró-ocidente.

Nas regiões do norte e leste (mais próximas da Rússia), se fala Russo como primeira língua, e concentra a maior parte das pessoas pró-Rússia. Já no sul e no oeste se fala Ucraniano como primeira língua. Vende-se uma camiseta na rua que diz assim: “Graças a Deus eu não sou pró-Rússia”. É uma sociedade bastante dividida nesse momento.

A Rússia é uma ameaça permanente. Durante a URSS a Rússia doou uma região chamada Crimea para a Ucrânia, pois nunca imaginaram que haveria o colapso do sistema socialista. Com a independência da Ucrânia, o território passou a ser reivindicado pela Rússia, mas a Ucrânia não o pretende devolver.

Durante o regime socialista, as crianças e jovens ucranianos eram proibidos de falar ucraniano na escola, tinham que falar russo. Uma violência cultural. Muitas igrejas foram destruídas pela URSS. Hoje, tanto na Rússia como na Ucrânia vimos uma forte religiosidade nas pessoas. Muitos freqüentam as igrejas, usam o símbolo da cruz no pescoço, etc.

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